quinta-feira, 26 de junho de 2008

OPORTUNIDADE NO JORNAL DO CARIRI


Fiz essa postagem com um enorme atraso. Nem sei se o jornal ainda está aceitando os textos, mas, de todo modo aí está a divulgação.

REFLEXÕES


Nem tudo é tão real quanto parece.
E nem tão ruim quanto parece ser.
Nem todos os pensamentos são racionais,
Assim como nem toda lógica funciona com uma simples explicação.
Muito pouco do que sentimos pode ser explicado,
Até mesmo porque, menos ainda pode ser entendido.
O melhor de tudo isso é que um verdadeiro poeta não tem que explicar seus sentimentos...mas apenas voltar a pena de acordo com o hálito que cada um deles expira...
Pois a melhor lira canta aos acordes movidos pela brisa, e não pelos dedos vulgares de um ser humano...
Portanto homem, se queres verter teu pranto de modo honesto, seja tão leve quanto a brisa, e logo seu pranto tomará a mesma dimensão...
Se queres cantar feito um poeta, rompa os grilhões do que te condiciona-te...
E assim sede feliz...ou se por alguma lógica superior ao teu entendimento,seja infeliz,para mais tarde, se caso seja merecedor da felicidade,possa por fim goza-la plenamente,pois homem algum pode ser feliz sem ter vertido o pranto para aguar a árvore da felicidade.

terça-feira, 24 de junho de 2008

DOR


No instante que a lágrima cai não há poesia
Há um registro de dor,
Uma falta de sentido, em tudo que existia

Há feras nas brumas, que assustam o poeta
E sua lira desfolha, qual folhas de outono
Que tocam, (as lágrimas e folhas), a tez da terra

Portanto, para o poeta nada mais há senão o brado,
Nada mais resta senão a dor em plana luz do dia
que lhe fere os olhos, como a terra é ferida pelo corte do arado.

Seus passos não o levam mais a outros mundos,
E aqui jaz o poeta, jaz entre os potros e éguas
Nos umbrais de trevas mais imundos.

Ergue sua mente e em sua frente nada há senão a escuridão,
Não há mais Norte e sua sorte perdeu-se com sua fé.
Sente dores, tão fortes que nem mesmo mil formas de morte o salvão.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

COTIDIANO


Ergue-se o sol em minha cidade,
Erguem-se os portões do comércio
Erguem os bêbados os seus copos,
A bunda da mulata, o sr. a gravata
E tudo isso faz declinar minha sensibilidade

Erguem-se as asas do anjo,
Declina a fé da senhora sob o altar
Ergue a saia da mulata o malandro
Enquanto isso declinam meus sonhos num sono
A sonhar, a sonhar...

Ergue-se o laranja do fim de tarde
Ergue-se a lua bem longe
Enquanto guerreia o sol no horizonte,
Mas perdeste. Já era a tarde, era tarde

Grita a lua crescente
Ergue os pulmões em alarde
Chegam estrelas em socorro
E o céu elas invadem, invadem...

Programa Rumos Itaú Cultural prorroga inscrições


Aos artistas do Cariri que desejam participar dessa grande oportunidade de mapeamento e exposições, o Programa Rumos Itaú Cultural de Artes visuais prorroga as inscrições.

O Itaú Cultural dá continuidade ao programa que, desde 1997, incentiva e premia novos talentos. No biênio 2008-2009, acontece a quarta edição da categoria Artes Visuais, que fará o mapeamento deste momento da produção contemporânea, contemplando obras em diversas linguagens e suportes.

O edital impresso do programa é distribuído gratuitamente em instituições de todo o Brasil. Confira a lista de endereços. Para informações sobre os encontros que acontecem em todo o Brasil, acesse o blog do programa.

Inscrições
Rumos Artes Visuais
até terça 24 junho



Mais informações: http://www.itaucultural.org.br/
Fonte:http://www.artesvisuaiscariri.blogspot.com/
Postado por chrystianmarques

sexta-feira, 20 de junho de 2008

ALGO PARECIDO COM O INFERNO


E o que dizem desses páramos que caminhamos
Desses beijos amargos, desses tragos de dor
Dessa mulher que nos sangra, mas que porém amamos

O que dizem desses dias amargos, desses sóis opacos
Dessas liras inúteis, dessas flores de enxofre
Desse peito tão forte, que agora pisamos nos cacos

O que dizem daqueles passos tão largos
E desse tempo que a dor manipula-o tornando eterno.
Dizes que tudo isso é a dor de amar a largos tragos,
Mas sem ser amado...digo-lhe que isso é inferno.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O que há entre a escrita de Charles Bukowski e a arte de Robert Crumb?



•••••••••••••••••• Crumb Crumb Crumb Crumb ••••••••••••••••••••
••••••••••••••• Buk Buk Buk Buk ••••••••••••••••••
Es tan fácil ser poeta

y tan difícil ser hombre.

(Charles Bukowski)



Traço sujo. Detalhes em exagero: tipo, azeitona que apodrece sobre o mofo do que um dia foi um drinque. Isso é Crumb, para mim, bien sûr. Para mim, que leio Bukowski e me babo pela maneira simples, direta, dura, podre no sentido sincero do coração de um homem - apenas um homem.

Isso faz lembrar que este mesmo homem, o Buk, velho Buk, foi encontrado [por si mesmo] sobre uma lata de lixo, todo vomitado, um rato passeando sobre a perna, numa clássica manhã de ressaca.

Buk: Parte da geração beatnik, mas à parte: ele, o eterno marginal.

O Charles "Hank" Bukowski era alemão: nasceu em Adernach e o pai era americano, primeiro sargento. A mãe, alemã. Dizque o pai era muito feio. Aos três anos, mudou-se com a família para os EUA, para o East Holywood, condomínio moquifento de baixa renda, periferia de Los Angeles. Ali conheceu a miséria. Abusos do pai, alcoólatra. Depois de terminar o segundo grau, estudou jornalismo durante algum tempo no L.A. City College, mas abandonou o curso em 1941, antes de conseguir qualquer graduação. Escolheu a vida bêbada e itinerante, pulando de um emprego para o outro. Em 1956, resolveu dar um tempo: aceitou trabalhar nos correios, lugar que serviu de inspiração para o seu primeiro livro de prosa, "Cartas na Rua" (1971).

Mas Bukowski foi também um putapoeta, e publicou diversos livros de poesia. Olha só:


<< Play the piano drunk like a percussion instrument until the fingers begin to bleed a bit 40,000 Moscas>>

Separados por uma tormenta passageira

nos juntamos novamente

Buscamos rachaduras em paredes

e tetos e as eternas aranhas

Me pergunto se haverá uma mulher mais.

Agora 40,000 moscas

encontram os braços de minha alma cantando:

"I met a million dollar baby in 5 and 10 cent store"

Braços de minha alma?

moscas?

cantando?

que classe de merda é esta?

É tão fácil ser poeta e tão difícil ser homem."


Homem de vícios, esse Buk. No traço de Crumb, sua cara de ressaca fica ainda pior, as bitucas de cigarro quase exalam seu fedor.

Os vícios: corridas de cavalos, Jack Daniel's, cerveja, cigarros e mulheres, mais ou menos na ordem em que aparecessem em sua frente. Apesar de estar bêbado em praticamente quase todos os momentos de sua vida, foi um homem tão lúcido quanto pode sê-lo um escritor americano que manda às favas o sistema, foi insano em maneiras de viver a vida, tragá-la como um gole de uísque, até a última gota.

Mesmo com a fama já fazendo-lhe calos à imagem, "Hank" não abriu mão dos caprichos, não deixou de freqüentar os botecos, de ir ao cinema ou de resmungar ao amarrar os sapatos pela manhã; não abriu mão de seu amor aos gatos, às boas coisas que o dinheiro traz e que leva embora sem dar satisfação; mas, principalmente, não abriu mão nunca de escrever: como respirar, dormir, comer. Escreveu feito um faminto ensandecido diante de um carneiro assado se atira à refeição, escreveu sempre, enquanto esteve com os olhos abertos.

<< Não há nada a lamentar sobre a morte, assim como não há nada lamentar sobre o crescimento de uma flor. O que é terrível não é a morte, mas as vidas que as pessoas levam até a sua morte.>> (C. B.)

Na medula, sem floreios ou eufemismos: as mulheres de bundas e peitos rechonchudos, como se estourando de leite, ar vulgar, a boca aberta num sorriso sacana - isso fecha perfeito com o traço das idéias do velho safado. Quem é quem? Não posso lembrar de Buk sem trazer junto Robert Crumb, ou o contrário. Se o mundo bizarro das corridas de cavalos, da noite de Nova York, ou do cotidiano simples de uma mente inquieta, se todo esse material precisou dos dedos e da imaginação de Buk para existir para todos nós, Crumb cristalizou a nanquim a imagem do escritor.

Não conheço as mulheres de Crumb, o imaginário desse artista além-Buk. Uno ambos como se um sem o outro fosse um corpo sem braço. Ou como uma história do próprio Charles Bukowski sem um palavrão. [x]

RECEITUÁRIO LITERÁRIO :

O CAPITÃO SAIU PARA O ALMOÇO E OS MARINHEIROS TOMARAM CONTA DO NAVIO

A MULHER MAIS LINDA DA CIDADE

MOVIE: Barfly

Ariela Boaventura
Um dia será também uma velha safada


Poesias fotos do Buk podem ser encontradas em http://www.levity.com/corduroy/bukowski.htm

Sobre Crumb: http://www.lambiek.net/1/troptrop.jpg

Fonte: http://www.nao-til.com.br/nao-68/crumb.htm

OFICINA PORTFOLIO



Novo encontro para oficina de portfólio será Dia 02 de Julho 2008 às 18h na Lira Nordestina, bairro Pirajá em Juazeiro do Norte-Ce - Campus da UFC
Nesse dia será a seleção do concurso de fotografia Brincadeira de rua.
A data para inscrição será até 30 de Junho na Lira Nordestina.

Essa atividade é uma ação do grupo de fotógrafos e fotógrafas Poesia da Luz, Lira Nordestina e IFoto Instituto da Fotografia.
Fonte: http://fotografiacariri.blogspot.com/

Postado por Poesia da Luz

domingo, 15 de junho de 2008

Dores de Poesia


Poema que a noite inspira
Que das entranhas da liras vem fugir
Que escapa do ventre da noite por um açoite
Neste abdômem que vai te parir

Poema viril e perverso
Poema de trevas de um negror vindo do céu
Onde a abóbada mais alta é universo
E o universo nada mais é do que senão os teus pés

Poema de brados, trompetes e clarins
Onde o teu tiro tinge o sangue rubro
E vida retornar por um tiro de festin
Como as folhas do outono renascem no mês de outubro

Poema que aqui emito meu último brado
Que escapam o langor telúrico infindo
Poema de um homem que mesmo dormindo
Chora por poesia como um desesperado.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Bandidos aproveitaram excursão escolar para levar obras

A cem metros da Estação Pinacoteca fica uma base móvel da Polícia Militar, com cinco PMs
Rodrigo Brancatelli - O Estado de S. Paulo
Reprodução
'Mulheres na Janela' (1926), de Di Cavalcanti
SÃO PAULO - Segundo a direção do Estação Pinacoteca, os três bandidos armados que entraram por volta das 12 horas desta quinta-feira e levaram quatro obras de arte do acervo da Fundação José e Paulina Nemirovsky, no segundo andar do edifício, que fica na região central da cidade, aproveitaram a movimentação de uma excursão escolar. Pelo menos uma pessoa do grupo ainda teria ficado do lado de fora da Pinacoteca, no Largo General Osório. Os criminosos entraram como se fossem visitantes, sem capuz e com sacolas nas mãos, enquanto alunos de uma escola municipal passeavam pelo museu.
No segundo andar da estação, depois de subir pelo elevador, o grupo rendeu uma funcionária da limpeza. As obras levadas foram: Mulheres na Janela (1929), o óleo sobre cartão de Di Cavalcanti; O Pintor e seu Modelo (1963), gravura de Picasso; Minotauro, Bebedouro e Mulheres (1933), gravura de Picasso; e Casal (1919), guache sobre cartão de Lasar Segall. A Estação Pinacoteca é um local de exposições da cidade de São Paulo, mantida pelo Governo do Estado de São Paulo. Fica localizada no centro da cidade, no Largo General Osório, no bairro da Luz, ao lado da Sala São Paulo e da Estação Júlio Prestes.

A cem metros da Estação Pinacoteca fica uma base móvel da Polícia Militar, com um efetivo de cerca de cinco policiais - nesta manhã mesmo, duas horas antes do crime, cinco carros da polícia fizeram uma operação bem na frente da Pinacoteca para retirar mendigos que estavam dormindo no local.

Os quatro quadros fazem parte do acervo da Fundação José e Paulina Nemirovsky e integram o maior conjunto particular de arte moderna conhecido no País. Eles estavam emprestados por comodato desde 2004, quando foi firmada uma parceria entre as duas entidades. Procurada pela reportagem, a historiadora da arte Maria Alice Milliet, diretora técnica da fundação, não quis se pronunciar.

Minotauro, bebedor e mulheres, de 1933, e O Pintor e sua Modelo, de 1963, gravuras de Picasso

Em cerca de seis meses, São Paulo enfrenta o segundo roubo de obras de arte famosas em museus. No dia 20 de dezembro, as portas Masp estavam arrombadas quando um funcionário chegou ao local. A ação dos ladrões foi rápida e precisa, indicando que eles sabiam quais as obras que pretendiam levar: O Lavrador de Café, de Cândido Portinari, e O Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso. Imagens do circuito interno de TV mostraram que o furto foi praticado por três rapazes e durou apenas três minutos, entre as 5h09 e 5h12.

Robson de Jesus Jordão, de 32 anos, Francisco Laerton Lopes de Lima, de 33 anos, foram presos na época em que as telas foram recuperadas. O terceiro suspeito, Moisés Manoel de Lima Sobrinho, de 25 anos, se entregou no fim de janeiro à polícia. Em 2 de abril, o quarto envolvido foi preso pela polícia. Alexsandro Bezerra da Silva, de 31 anos, foi encontrado na zona leste da capital, na casa de um irmão. Os quatro acusados iriam receber R$ 5 milhões pelas obras. O mentor do crime ainda é procurado pela polícia.

Fonte: http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid188476,0.htm

segunda-feira, 9 de junho de 2008

GALOPE


Era quase tudo na face
Era quase tudo bem forte
Era quase um jogo de facas
No seu olhar de lince de corte

Um dança do ar com espadas
Lâminas abrindo caminhos na carne
Nervo com dores crispadas
Na face jogada a própria sorte

Sorriso em faces douradas
Brilhante com lágrimas fitadas ao chão
A face, uma gleba pisada
Ao galope das dores sobre o chão.

domingo, 8 de junho de 2008

MULHER


Surgiste dos vapores da terra, das luzes do sol, dos mistérios da lua
Singular surgiste dos acorde das músicas, do rimar de meus versos
Surgiste então das trevas, das brumas com olhares perversos
Surgiste com o poder onipotente que eu como poeta, só tu'alma possua

Surgiste dos alíseos soprados nas serras ou de um tufão
Das pétalas jogadas ao chão, das liras dispersas
Surgiste dos deuses gregos, maias, dos incas, dos persas
Surgiste como bálsamo para as chagas do malsão

Melaste com a cor de teus olhos, com calor de teu hálito
Com as mãos quais pétalas de um flor singular
Surgiste em minha vida como a água em um páramo
Com as luzes que por milagre surgem numa treva sem par.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Gravuras de Rubens na Unifor


No Espaço Cultural Unifor, exposição inédita na América Latina reúne 82 gravuras do artista flamengo, maior expoente da arte barroca do século XVII.

No momento em que comemora 35 anos, a Universidade de Fortaleza abre as portas do seu Espaço Cultural para receber o melhor da produção gráfica de Peter Paul Rubens. A exposição Rubens – o gênio do barroco e sua obra gráfica chega ao Espaço Cultural Unifor, numa mostra inédita em toda a América Latina. Retratos, paisagens, cenas bíblicas, religiosas, alegóricas, mitológicas e uma coleção de antigüidades de Rubens compõem a exposição. As gravuras do artista, que conheceu fama e reconhecimento e deixou para a posteridade um legado de muita arte e expressão do mais puro barroco, podem ser apreciadas, no campus da Unifor, de 3 de abril a 27 de julho.

O artista, nascido em 28 de junho de 1577, em Siegen, região que hoje corresponde à Alemanha, responde por um amplo legado de pinturas e gravuras. Conhecido por sua técnica inconfundível, Rubens criou um estilo que envolve ricas e surpreendentes misturas de cores, luz e movimento. Durante séculos, esse pioneiro do estilo barroco foi reverenciado por uns como o artista da abundância e por outros como o criador de excessos. Inquestionavelmente, Rubens foi o artista mais versátil de seu século.

O público cearense poderá conferir pela primeira vez no Brasil uma riquíssima seleção, apresentando 82 gravuras vindas do museu Siegerland Oberen Schloss, localizado em Siegen, na Alemanha. Para o curador da exposição, o holandês Pieter Tjabbes, a exposição Rubens – o gênio do barroco e sua obra gráfica reúne as melhores obras da produção gráfica do artista, que também foi diplomata, empresário, colecionador e teórico de arte. “Uma mostra como nunca feita no Brasil. Ressalto seu ineditismo e a qualidade do acervo que será exposto. O público cearense conhecerá as melhores obras da produção gráfica do gênio do barroco. Mesmo na Europa uma exposição nessas proporções foi raramente realizada”, explica Pieter.

Cenografia da exposição – Divisão em temas

Na visita ao Espaço Cultural, o mergulho no expressivo mundo do barroco acontece na apreciação das 82 gravuras que compõem a mostra, sendo 39 sobre assuntos bíblicos com foco no Velho e Novo Testamento, 11 gravuras de assuntos religiosos, 3 gravuras da coleção de antigüidades de Rubens, 8 gravuras com temática mitologia/história/alegoria, 7 retratos, 1 auto-retrato, 6 paisagens, 2 cenas de caça, 2 frontispícios de livros e 3 gravuras da casa de Rubens. Além das gravuras, o percurso continua nos dois espaços de projeção, um para vídeos, com foco na vida de Rubens e outro para projetar imagens das pinturas do artista. Informações sobre a vida e a técnica artística de Rubens se completam ainda nas oficinas de gravura, promovidas pelo Espaço Cultural e que já começam na semana seguinte à abertura da mostra.

No Espaço Cultural Unifor, uma estrutura específica foi montada para receber as gravuras de Rubens, datadas do século XVII. O espaço tem controle de umidade de 50 graus e a luminosidade não ultrapassa a 60 lux. A atmosfera barroca é ressaltada com a predominância da cor verde, uma cor nobre que remete ao gênero.

Divulgação da arte
Inédita no Brasil, a exposição é mais uma oportunidade que a Unifor e a Fundação Edson Queiroz oferecem ao público cearense de ter acesso às obras dos mais renomados artistas nacionais e internacionais. Agora, com a exposição Rubens – o gênio do barroco e sua obra gráfica, é possível que estudantes de escolas públicas e privadas e a comunidade cearense em geral conheçam a história de sucesso de Rubens e apreciem o melhor de sua obra gráfica, gratuitamente, no campus da Unifor. Com o Projeto Arte-Educação, a Fundação potencializa mais uma vez o contato de estudantes cearenses e públicos diversos com o melhor da arte mundial. “A Fundação Edson Queiroz e a Universidade de Fortaleza sentem-se honradas em fazer do Espaço Cultural Unifor cenário para exposição do barroco”, ressalta o chanceler da Universidade de Fortaleza e presidente da Fundação Edson Queiroz, Airton Queiroz.

A grandeza de uma arte internacional é experimentada também por estudantes da Unifor que integram o projeto na função de monitores, nas visitas guiadas e explanações diversas. “É maravilhoso demonstrar para as pessoas a beleza de obras que custaram muito tempo e dedicação até serem completadas”, explica a monitora e aluna do curso de Psicologia Naina Almeida.

Fonte: Espaço Cultural Unifor.

domingo, 1 de junho de 2008

Em tempo de...


Em que tempo o riso brinca em teu rosto,
Em que tempo ele escorre feito o sangue no punhal,
Escorre por tua alma feito gozo,
Escorre como estrelas cadentes numa noite infernal

Tempo sem brida em meio a meia dúzia de tufões
Tempo de carreiras nessas sertanias
Entre esses carcarás de cantos medonhos
Tempo de passos sobre as flores das pradarias

Tempo eterno de eternas mudanças,
Tempo de danças que se entrançam em mim
Tempo de guerra, de paz e esperança
Esperanças em tiros feitos de festin.