domingo, 5 de agosto de 2012

Quando o Quando é Eterno


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Meu tempo é quando os jasmins estão no passo
Mede-se de primavera em...em cada péta-la que
Se desgarra silente no campo.
O vero tempo é o que é eterno
Que a força (mãe do tempo) forja para a imortalidade.
Me tempo é o instante que se eterniza
Com a força dos brados que não cansam.
A ação do instante débil, que não tem o ímpeto de vencer as eras,
Nada mais é que o voo débil da libélula, que embora sedutora em sua graça,
És ínfima frente a calmaria secular de um carvalho.

Foto: paulinosn
Fonte: http://olhares.uol.com.br/

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

(D)escrever-se


Há no lábio rubro qualquer coisa que não deve ser dito
Deve ser meditado.
Há no olhar, alguns ares de sol a latejar
Qual dardos, setas enviadas por arcanjos.
No caminhar são passos de uma valsa distante
Tocada em cravo quase silente nas tardes sol no campo
E tudo isso é nada, tão só o possível a ser dito
Embora saibamos que o que aqui está escrito
É demasiado vulgar para expressar o que sois.
Há na palavra, qualquer coisa de inerme,
Pois pouco capta do que és, do brilho do riso
Do que vasa dos olhos, do que exala
Do quanto fala teu silêncio.