quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Boas festas...muito boas!

A face perolada das uvas
O orvalho na tez destes pêssegos
A rutilante gordura dos faisões
Tudo serve para celebrar
E denunciar o estágio faminto
Que arqueja nossa moral
Neste teatro de personagens burlescos.

Uma ode aos pântanos
E as câmaras abissais dos espíritos
Que varam os anos atravessando os séculos
Renascendo eternamente
Na sobrevivência moto-contínua
Dos uivos nas madrugadas dos próprios instintos.

As faces paroladas das uvas secam,
E os figos apodrecem na cal dos dias
Só a idéia pura e cristalina,
A bondade, o perdão permanece
Como edifícios imortais e indiferentes
Cegos para as futilidades
Mudos e surdos para o diálogo com os dias.

4 comentários:

Jacque disse...

Oi, Sávio! Saudades de ti... Desejo mum ano cheio de poesia e paz!

Beijos

R.C. disse...

Fim de ano é muito bom pelas festas e mais: pelas comidinhas das festas, como as uvas e pêssegos!

Ótimo 2010!

=)

Jacque disse...

Quisera eu entender da alma. Acho que só meus versos é que entendem. Eu nada sei, a poesia se apossa de mim, eu queri entender de alma, Sávio, para poder saber o que é sofrer menos.

Um beijo

Leila-Silveira.blogspot.com disse...

o melhor da poesia é que sai da alma,sem compromisso algum.
despretensiosas palavras dizendo tudo,que vai na Alma.

bj