segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Muito Claro

É claro, é muito claro
Que as hastes das rosas envergam
Quando os ventos sibilam nos prados
Que os olhos reluzem como o orvalho
Em prisma, quando olhos outros
Farejam e fitam o mesmo olhar.
É claro que o tato, que a pele-veludo
Sente o toque, o lábio pousado no lábio
Como conchas que se fecham
Para nascer à pérola do toque das línguas
No côncavo e o convexo dos beijos.
Tão claro é que os cheiros dão pistas
Para os faros atentos, que cercam
As peles, os cabelos ao vento,
Ao perfume que lateja no ar...
É claro que ainda te vejo,
No aroma do café que eu bebo,
No vôo do pássaro,
E em lágrimas que por vezes
Insistem em brotar.

Imagem: Claudia Morais

7 comentários:

Filhas da Pagu disse...

Que issoO! COmo vc escreve assim tão lindamente? É um desaforo! rs
Beijos

Lunna Guedes disse...

Primeira vez aqui e já encantada com a sua poesia. Grande abraço e grata pelo versar que trouxe um sorriso a minha face de menina quase crescida.

Tamara Queiroz disse...

Eu prefiro acreditar que são lágrimas por sentir tão intensamente e que delas brotam sentimentos mais belos... e mais belos!



PS: Adorei o template.

THAÍS ALENCAR disse...

Belíssimo, diante de tamanha clareza e sensibilidade"masculina",me resta apenas dizer: Você escreve extraordinariamente bem.

Rita disse...

tiro o chapeu...
nao ha palvras pa explicar oq ue se sente ao ler estes poemas...lindo mesmo.

Rita disse...

vou ser uma sangue.suga do teu blog. :)

└─── яo ♥ disse...

Anjo querido!!!
Obrigada pelo teu carinho sempre!
Amo tuas escritas!
Belíssimo!
Amor&Luz!
Mil beijinhos!

*-*