domingo, 13 de junho de 2010

Quase segredos.


O desespero da primavera em êxtase,

Num explodir de cores sanguíneas nos prados

Pesam sobre teus olhos verdes, sobre tua pele negra

Sobre teus ombros espaduados...

Pois só o poeta sabe dos delírios primaveris

Guardados nos porões de tu’alma,

Das dores em segredos nos ventrílocos

Do teu coração,

E no quanto de lembranças jazem

Atrás das retinas verdes e foscas

E das lágrimas peroladas

Que marcham sobre tua pele...

Eu bem sei...pois a poesia...a poesia

Não é outra coisa senão uma oração

Que fazes diariamente sob a luz bruxuleante

De tua alma.

Foto: Pedro Silva

2 comentários:

* disse...

Poema lindo :)

Íris Pereira de Souza disse...

...e deixo escorrer um unica lágrima, pois acabei com todas ao emocionar-me com tanto talento.
Parabéns ao criador por nos dar assim a troco de uma só lágrima algo tão lindo.
Íris Pereira