terça-feira, 18 de setembro de 2012

Tão pouco

De tudo que é sentido, tão pouco é falado.
De tudo que sofrido, satisfeito...
Quase nada é dito na lágrima que cai
Pois, para cada uma delas há um turbilhão de silêncios,
Bem como a cada vez que teu riso escapa,
Teu olhar pousa as retinas sobre mim...
Também há a nota do riso vibrar no silêncio.

Pois nem tudo que é sentido de feliz
É possível ser expresso. É como o vento, o qual sentimos e não vemos.
Há nas paixões a violência do olhar, do lábio trêmulo do beijo, na ânsia do desejo algo de fugaz. Há no amor, tudo isso sob o compasso seguro da eternidade. A cada instante que teu riso entorna sobre mim, ecoa em toda eternidade.

Antonio Sávio

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