
Sou feito desses homens
Voláteis como o tempo e o espaço
Homens fortes, feitos de fuligens
Homens fracos, mas que são feitos d'aço.
Homens, quarks de um chip de computador
Homens-moinho, que da cana cospem o bagaço
Sorvem hoje o fel da própria dor
Vôam com asas contidas por um laço
Homens com ânsia de vida
E vidas vazias com ecos de sonho
Sonhos vorazes deixam feridas
Nas vidas fugazes desses homens,
Quem sou? levo ou sou levado pela brida?
Sou feito do futuro e sua simbiose com o ontem.