sábado, 30 de outubro de 2010

O MUNDO NÃO PODE PAIRAR


Os faisões voam nos prados,
As papoulas nos campos nos convidam
Aos delírios que a retina puder alcançar.
Mas ainda assim, como uma pausa na música,
Como um pedaço que falta...está sua ausência
Qual um fardo para seios que cansados suspiram
Qual uma marcha infinda, que não pode parar.
Orvalhos como gotas de silêncio, como a rede de Ingra
Ligando todas as dores, pois, as dores movem este mundo
E o mundo meu anjo, não pode parar...
Não pode pairar!
Foto: Pedro Cabral

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Um quase amor.

Esteja onde estiver
Evitando-me, com essa realidade que,
Pretensiosamente esmaga-me
Saiba que sob ela,
Minha poesia sobrevive
E aqui você é minha, seus lábios
Agora meus, pousam como conchas
Em minha pele.
Seus olhos fitam-me, e apalpam-me...
E cá, sob os escombros da realidade.
Nutrido por minha poesia,
Não a quero senão em corpo e espírito
Nívea como a nuvem, rubra como o sangue.
A realidade está aí, para machucar-me.
A poesia está por aqui,
Para fazer-me fiel a ti.