sexta-feira, 3 de abril de 2020

Onipresente.

Deitado ao sol à fitar o firmamento
As nuvens desenham-se ao sabor
Da minha mente
Surge tua tez, nívea ao fundo róseo
Do fim de tarde a sangrar.

Teus poros, teus olhos, teu riso
É a arte tornada viva, harmonia,
Piceladas certas, és poesia
O verso, o compasso...certo, perfeito, conciso.

Deitado nos fins de tarde,
Tua presença, embora distante
Insiste em meu ser. Como não sei,
Não se prova o amor silente
Não se sabe da paixão ardente,
Mas sinto-te e isso basta-me,
Por mim nada mais saberei.

Foto: Céu Ardente - Renato Lourenço.