
Devorei-a como uma flor,
Pétala por pétala suas pretensões a santa foram caindo
Seu corpo eivado de pecados, seus lagartos e cobras
Foram fugindo das tocas
Eu, sedento pelo corpo, sugava a alma pela porta dos olhos,
Melíflua e exaltada pelo desejo, pelo gozo latente,
Pela pele em fogo e as entranhas em erupções eternas.
Eu, que achava que a devorava, fui jantar e sobremesa,
E só o percebi depois do cigarro em brasa e o aluvião de fumo em minha cara.