
Perolada, marchando sobre a face
Paira aí entre os ventrículos
Um momento de dor...
Quando a lágrima paira,
Escorregando entre o minuano
Entre os átomos,
Percorre como dor,
Um momento de solidão.
Mas, se de súbito surges,
Segue o sangue, o ar em meus pulmões
E meu ser voa como dantes,
Como as notas sangradas pelo violão
Surgem sóis e pássaros livres,
Surgem passos e passantes
Surgem a terra, a água e o ar
O fogo em mim, como nunca visto antes
Porque és em essência
O sentido de que houve
Do que existe e do que haverá
És a medida entre o ceu e a terra
És o fulgás e o que permanecerá.
Foto: X. Maya