quinta-feira, 18 de junho de 2020

DIAGNÓSTICO DO TEMPO




O verso, soldado nas vigas do tempo
Nem sempre cede às erosões
A tudo que lhe é adverso, rufiões
Que grunhem por ausência de talento

A sophia, perene é única e verdadeira
Não lateja e nem porfia em toda esquina
Onde o falso vate se amesquinha
Qual verso paraplégico que serpenteia

A Lei, que por vezes manca vacila
É a ilação das tão novas gerações
Ausentes de vossos corações
Uma razão... centelha que já não mais sibila

A horda de pigmeus infantes
Bastilhas se quedaram esfaceladas
Espectros do mal mais triunfante
Gigantes de pernas agrilhoadas

Eis o exame de uma era burlesca
Onde o asco se ameniza com a lembrança
Bucólicas paisagens tão pitorescas
Melancólico o tempo da intemperança

Antonio Sávio Nunes de Queiroz

Um comentário:

Sara Saraiva disse...

Saudade de passear pelo seu blog!
Obrigada por ainda compartilhar poesia!

Grande Abraço!

Sara Saraiva