A face perolada das uvas
O orvalho na tez destes pêssegos
A rutilante gordura dos faisões
Tudo serve para celebrar
E denunciar o estágio faminto
Que arqueja nossa moral
Neste teatro de personagens burlescos.
Uma ode aos pântanos
E as câmaras abissais dos espíritos
Que varam os anos atravessando os séculos
Renascendo eternamente
Na sobrevivência moto-contínua
Dos uivos nas madrugadas dos próprios instintos.
As faces paroladas das uvas secam,
E os figos apodrecem na cal dos dias
Só a idéia pura e cristalina,
A bondade, o perdão permanece
Como edifícios imortais e indiferentes
Cegos para as futilidades
Mudos e surdos para o diálogo com os dias.
4 comentários:
Oi, Sávio! Saudades de ti... Desejo mum ano cheio de poesia e paz!
Beijos
Fim de ano é muito bom pelas festas e mais: pelas comidinhas das festas, como as uvas e pêssegos!
Ótimo 2010!
=)
Quisera eu entender da alma. Acho que só meus versos é que entendem. Eu nada sei, a poesia se apossa de mim, eu queri entender de alma, Sávio, para poder saber o que é sofrer menos.
Um beijo
o melhor da poesia é que sai da alma,sem compromisso algum.
despretensiosas palavras dizendo tudo,que vai na Alma.
bj
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