Esse coração que a terra jamais há de comer
Apesar das chagas e do pranto quase que absoluto
Ainda bombeia gotas de sangue venoso valente
Os ventrículos, qual torres gregas, resistem valentes
Ás vastas vagas de desgostos...
Este coração, assim como esse par de olhos negros
Este rosto magro de sobrancelhas grossas
Resiste pelo orgulho de viver, e sobretudo
Pelo amor próprio.
Este coração que, porém resiste,
Permanece cozido em banho Maria
Num vale de lágrimas que parece nunca acabar.
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