O desespero da primavera em êxtase,
Num explodir de cores sanguíneas nos prados
Pesam sobre teus olhos verdes, sobre tua pele negra
Sobre teus ombros espaduados...
Pois só o poeta sabe dos delírios primaveris
Guardados nos porões de tu’alma,
Das dores em segredos nos ventrílocos
Do teu coração,
E no quanto de lembranças jazem
Atrás das retinas verdes e foscas
E das lágrimas peroladas
Que marcham sobre tua pele...
Eu bem sei...pois a poesia...a poesia
Não é outra coisa senão uma oração
Que fazes diariamente sob a luz bruxuleante
De tua alma.
Foto: Pedro Silva
2 comentários:
Poema lindo :)
...e deixo escorrer um unica lágrima, pois acabei com todas ao emocionar-me com tanto talento.
Parabéns ao criador por nos dar assim a troco de uma só lágrima algo tão lindo.
Íris Pereira
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