Os faisões voam nos prados,
As papoulas nos campos nos convidam
Aos delírios que a retina puder alcançar.
Mas ainda assim, como uma pausa na música,
Como um pedaço que falta...está sua ausência
Qual um fardo para seios que cansados suspiram
Qual uma marcha infinda, que não pode parar.
Orvalhos como gotas de silêncio, como a rede de Ingra
Ligando todas as dores, pois, as dores movem este mundo
E o mundo meu anjo, não pode parar...
Não pode pairar!
As papoulas nos campos nos convidam
Aos delírios que a retina puder alcançar.
Mas ainda assim, como uma pausa na música,
Como um pedaço que falta...está sua ausência
Qual um fardo para seios que cansados suspiram
Qual uma marcha infinda, que não pode parar.
Orvalhos como gotas de silêncio, como a rede de Ingra
Ligando todas as dores, pois, as dores movem este mundo
E o mundo meu anjo, não pode parar...
Não pode pairar!
Foto: Pedro Cabral
3 comentários:
Nem para o amor, nem para o vôo do faizão, o mundo não pode parar nem para os mortos, por nós que continuamos vivos ficamos a lembrá-los e lamentar suas idas. O mundo não pode mesmo parar, mas nós devemos parar e olhar quem quer que o mundo pare.
Íris Pereira
Toca intesamente a alma da gente. São como sinos em noite de celebração, são como sons de vento, barulho de chuva, sorriso de meninas...
É assim que a sua poesia toca.
Abraço, meu caro poeta!
'como uma pausa na música, como um pedaço que falta... está sua ausência'.
Doamos partes de nós mesmos por afeição e pouco a pouco nos perdemos. Nascemos como uma folha em branco, nos fazemos e depois de completos nos desfazemos por amor... Também ganhamos pedaços anímicos de volta de quem nos ama e costuramos nos buracos abertos, mas não ficam iguais, sabemos, no fundo, que ali faltava um pedaço.
Lindo demais... parabéns =)
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