quarta-feira, 9 de março de 2011

Chove



Chove em silêncio lá fora
Chove e troveja aqui dentro
Escorrem lágrimas nas calhas
Como sangue em veias
Vazadas pela lâmina fria das navalhas

Chuva de vento, chuva-vendaval
Um fuzilar de trovões dentro de mim
Por quase nada, muito pouco
Uma ira por ausências que não se explicam
Iras reais, e amores de festim

Mundo silentes, invisível
Risível para que não vê
Visões de tormentas e alegrias
Irresistível para quem te capta
Para quem te prova
Intransponível, o não te ter.

O cosmo e o caos em uma tez
Um simples rosto?
Complexo ser...o caos é tua ausência
O cosmo gira o redor do teu ser.

Foto: Mário Ferreira

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