segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Universitários brasileiros leem apenas de 1 a 4 livros por ano, revela Andifes.

 Dados da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior mostram que 23% dos alunos da Universidade Federal do Maranhão não chegam a ler 1 obra por ano, enquanto apenas 5,5% leem mais de 10 títulos no período.
Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), 23,24% dos estudantes não leem um livro sequer durante o ano. De uma forma geral, a maioria dos universitários brasileiros não vai muito além disso: lê, em média, de uma a quatro obras por ano. É o que revela levantamento exclusivo feito pelo Estado a partir de dados divulgados pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Numa realidade diametralmente oposta, os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) são ávidos por leitura: 22,98% deles leem geralmente mais de dez livros por ano. No Maranhão, um dos Estados mais pobres do País, esse índice é de apenas 5,57%.
No início do mês, a Andifes divulgou pesquisa feita com 19.691 estudantes de graduação de universidades federais de todo o País, apresentando números consolidados do panorama nacional. A partir do cruzamento de dados, foi possível mapear e distinguir os cenários regionais no tocante a hábitos de leitura, frequência a bibliotecas, domínio de língua inglesa e uso de tabaco, álcool, remédios e drogas não lícitas.
A UFMA, que lidera o ranking dos universitários que não leem nada, ficou em quarto lugar entre os menos assíduos à biblioteca da universidade - 28,5% dos graduandos não a frequentam. O primeiro lugar nesse quesito ficou com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio): metade de seus alunos esnoba o espaço.
"O aluno não vai à biblioteca porque não tem acesso a livros ou porque não está estudando? Não sabemos por que ele não vai, mas devemos pensar", afirma o coordenador nacional do Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), Valberes Nascimento. O curioso é que a taxa de frequência a bibliotecas é relativamente alta no País: mais da metade das universidades tem índice superior a 80%.
Inglês. A média nacional de bom inglês entre universitários é de 38,31%. Das 56 universidades cujos dados foram levantados pelo Estado, a que apresentou o menor índice de domínio do idioma foi a federal do Acre (Ufac), onde apenas 8,42% dos graduandos se consideram em um nível adequado de inglês. Os números também são muito baixos na federal do Recôncavo da Bahia (8,54%), da Fronteira Sul (9,40%), do Amapá (9,97%) e na federal de Rondônia (14,77%).
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Obs.: É essa população "educada" que está sendo formada para lecionar em escolas, universidades, a escrever em jornais e ocupar toda a cultura daqui a alguns anos. É essa gente que protesta contra a globalização, contra o aquecimento global, contra o livre mercado, contra a mercantilização da cultura. Essa gente é totalmente fake!

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