Do feixe primeiro que
luzia
Brandia aos tímpanos o
berro agudo
Varão ou varoa que
nascia
Despido de espada ou
qualquer escudo
A vida que se perfaz no
maçarico
Da forja que molda cada
caráter
Burila a rima em
estribilho
Fogos brilhantes para o
bláster
E ai de quem por ela queira
atalhos
Encurtar a cruz, vingar
o peso em etéreo
Teu corpo se fará em
mil retalhos
Teus ossos dinamitados
sem nenhum mistério
É mister, pois quem
ergue-se na cruz
Um Cristo, um Jó para
não carecer de guia
Como um oleiro com água
fria
Faz a liga, molda o
barro em alcatruz
A vida, pois que nada
dela sabe-se
É mistério no espectro a
se submeter
Também é decisão que
insere-se
A moral a golpes no
talho do caráter.
Antonio Sávio
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