segunda-feira, 23 de junho de 2008

COTIDIANO


Ergue-se o sol em minha cidade,
Erguem-se os portões do comércio
Erguem os bêbados os seus copos,
A bunda da mulata, o sr. a gravata
E tudo isso faz declinar minha sensibilidade

Erguem-se as asas do anjo,
Declina a fé da senhora sob o altar
Ergue a saia da mulata o malandro
Enquanto isso declinam meus sonhos num sono
A sonhar, a sonhar...

Ergue-se o laranja do fim de tarde
Ergue-se a lua bem longe
Enquanto guerreia o sol no horizonte,
Mas perdeste. Já era a tarde, era tarde

Grita a lua crescente
Ergue os pulmões em alarde
Chegam estrelas em socorro
E o céu elas invadem, invadem...

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