domingo, 15 de junho de 2008

Dores de Poesia


Poema que a noite inspira
Que das entranhas da liras vem fugir
Que escapa do ventre da noite por um açoite
Neste abdômem que vai te parir

Poema viril e perverso
Poema de trevas de um negror vindo do céu
Onde a abóbada mais alta é universo
E o universo nada mais é do que senão os teus pés

Poema de brados, trompetes e clarins
Onde o teu tiro tinge o sangue rubro
E vida retornar por um tiro de festin
Como as folhas do outono renascem no mês de outubro

Poema que aqui emito meu último brado
Que escapam o langor telúrico infindo
Poema de um homem que mesmo dormindo
Chora por poesia como um desesperado.

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