segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sangria de Mares e Prados

O escaler solta-se do navio
E rumo ao infinito navega sem temor
Qual o homem que se atira as paixões
Sangria de florais nos prados,
Hastes quebradas pelos vendavais

O escaler, remando contra o vento
Só tem o sol como horizonte
E como tal, é sua única possibilidade.
Seguir ou temê-lo?
Assim se dão as paixões.
Segui-las sem temê-las rumo ao incerto,
Ao naufrágio, ao infinito...
Ou a costa que nos espera,
Com o ocre da areia dourada pelas águas.
A paixão é teogonia, é utopia...
Mas por vezes é repouso, mas quem nem
Ao menos a tinha como esperança.

Paixão sangria nos prados pelas roseiras,
Hastes quebradas ao meio pelos vendavais,
Mas as raízes ainda estão fincadas
E os acúleos vorazes rugem afiados
Para o horizonte.

Pintura: "A descoberta da América por Cristóvão Colombo" - 1958/59
Salvador Dalí

2 comentários:

Paloma disse...

Olá!
Obrigada por me seguir tbm, gostei muito do seu blog,os poemas são muito legais! É vc msm qm escreve? parabéns!
=]

Dihelson Mendonça disse...

Oh poeta que eu adoro!
Isso sim, meu amigo, é poesia tal e qual a Poesia dos grandes e imortais!

Um grande abraço,

Dihelson Mendonça