Apesar de tudo, e dos sentidos que aguçamos
Como o limar de uma pedra sem fim
Permance o opaco sobre os olhos
E uma nuvem intensa sobre a paisagem
Os elefantes, pelo delírio vôam
E as borboletas diferente de antes
Rastejam a vaidade de suas asas sobre a gleba
Nada mudou, mas tudo enfim não há de permanecer o mesmo
Não ao mesmo sol a vazar sobre as arestas
Das frestas das fendas de minha porta
Corta então o tédio arenoso sobre mim
Pois a vista perdida na paisagem,
A catar as migalhas da realidade
Que me encaparam entre os dedos
E agora resta-me o medo,
Dos segredos deste fardo, que arde sobre mim
Um comentário:
A segunda estrofe quase surreal foi demais! Parabéns.
Thiago Assis,
www.thiagogaru.blogspot.com
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