Filho das palavras que truncam
Dos risos negados
Das regras que burlam
O que me foi tão negado
Filho das putas que gozam
Filho das rosas nos prados
Das lâminas das facas que podam
O que outrora foi sonhado
Filho de um câncer que come
Os nervos feitos d'aço
Filho da coragem que some
Filho das chagas e do cansaço
Venho da utopia mais rala
De quimeras medonhas
Ergo com a força motriz de quem sonha
E da placenta do impossível renasço
Imagem: Marcos Moreno
Site:http://br.olhares.com/bebe_del_desierto_foto2637692.html
Um comentário:
Obrigada Antônio, suas poesias são inspiradoras.
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