sábado, 8 de agosto de 2009

A origem da minha espécie

Filho das palavras que truncam
Dos risos negados
Das regras que burlam
O que me foi tão negado

Filho das putas que gozam
Filho das rosas nos prados
Das lâminas das facas que podam
O que outrora foi sonhado

Filho de um câncer que come
Os nervos feitos d'aço
Filho da coragem que some
Filho das chagas e do cansaço

Venho da utopia mais rala
De quimeras medonhas
Ergo com a força motriz de quem sonha
E da placenta do impossível renasço

Imagem: Marcos Moreno
Site:http://br.olhares.com/bebe_del_desierto_foto2637692.html

Um comentário:

Michelle disse...

Obrigada Antônio, suas poesias são inspiradoras.