Rua, nua de tortuosas imagens que percorrem teu coração
Rua, veredas tuas tão vorazes que me erguem ilusões
Rua de caminhos estreitos, eu que me perco em teus eixos
Que temo os dentes de tuas feras na esfera que vejo o futuro
Em cima do muro, como a cigana que leu a minha mão.
Trincheiras interrompem mil passagens onde findaram meus planos
Ando, em rumo incerto certo que estou perdido nas quimeras mais medonhas
Sonhando com essas minhas vadiagens que me deram tantos danos
Manco, por tuas ruas e avenidas que de certo também está perdida
Como um ciclope em um tufão.
Vêem-se ruas novas e esburacadas, vê-se que sofres tão caladas
Nessas urbes onde turbas tão dantescas movidas só pelos desejos
Foram por vezes o ensejo, o mote que vós tão bem rebatia
Com um solfejo de alegria, como uma mentira necessária
Como uma maquiagem de cor púrpura sobre a face anêmica.
Ruas, onde me levas não sei, não sei de nada
Por tuas bussolas obsoletas, perco-me em tuas setas
Que só me levam aos labirintos, dos teus mais feios instintos
Só me levam ao alçapão de teu coração
Foto: Fernando Jorge Lima
Fonte: http://olhares.aeiou.pt/rua_direita_de_viseu_foto1344192.html
2 comentários:
tentei seguir o blog, mas não tem o link de seguidores!
quando botar se possível avise!
http://magiccworld.blogspot.com/
magnífico poeta...formatei o pc mais as ideias se foram...as digitais! as na cabeça continuam...refazer as tiras..proximo passo...abraços...
aaaah..estarei em teresina sabado dia 22...jogar basket e fzr umas pinturinhas..vlw!
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