Chora linda,
Chora calma e leve,
Como a libélula que levita sobre
As águas calmas do lago.
Porque todo mundo tem que ter
Este ombro amigo-eterno para
Aparar os prantos do mundo inteiro
Que se fazem em corredeiras
Abaixo das máscaras felizes
Infelizes somos todos nós
Nesse ar pós-moderno, que nos sufoca
Há tanto tempo.
Chora linda,
Chora que a água leve
Do teu pranto, lava este teu olhar
Sofrido e sacrossanto,
Nessa valsa que só dança você e eu.
Foto: Mafalda Reis
Um comentário:
Que lindo! Isso é tão sereno, Sávio. Quanta calmaria encontro nestes versos. Ah...e ainda dizem que quem vive de poesia, vive de mentiras... Um pranto calmo acolhido em versos, um amor tranquilo, uma poesia... E a vida acontece...
Beijos poéticos
Postar um comentário