Erguidos aos prazeres das noites
Pelos Pierrôs dopados pela pira
Das paixões derrotadas, debruçadas
Sob a luz da lua, sob a valsa dos confetes.
Neste carnaval que é o fermento de trevas,
De paixões mal resolvidas,
De bridas perdidas sem freios,
Dança o mestre- sala, fazendo sala à poesia,
Mas, as lágrimas quedam pelo rosto,
Pisam a face cansada de peito esfolado
De dores que a quarta de cinzas
Num céu de chumbo põe-se a chorar.
Sob as máscaras dopadas, além da música feliz
Abaixo da maquiagem, as lágrimas brotam...
Mancham este rosto fadado, a ser feliz somente na fuga
Da festa fulgás, onde os sambas-canções cantam teus ais...
És aqui que és feliz, nestes raros momentos,
Onde os tormentos teus são dopados pela festa fulgás.
Foto: Daniela Caniçali
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