Na velocidade dos carros, nas avenidas, artérias urbanas
Coagula em meu peito, meu rosto, minha força de homem
E sangram pelos meus olhos negros femininos.
São brados tão mudos e ouvidos atentos
Tão surdos de cores nessa vida em escalas de cinza
Acho que nada das sobras teremos para o jantar
De velas que sepultam as dores que me chegam pelos olhos
E espalham-se dentro da alma, feito luz
Refletida no prisma.
Nada das sobras e muito das sombras
Eu tenho para meditar e medir
Como se eu fosse uma régua de dores
Para mensurar o que dói no espaço vazio
Entre você e eu.
Foto: Antonio Carlos Castejón
3 comentários:
Uhuu!! Até fiquei arrepiado. Grande Sávio, cada dia melhor. Tá na hora de pensar e articular um projeto maior e mais ambicioso. Suas poesias estão cada vez mais vivas (usei o termo por falta de outro melhor). Um grande abraço!
Obrigado pela visita nobre Júnior. Sempre um prazer tê-lo aqui pelo blog. A respeito da possibilidade de algo maior eu ainda estou pensando se já é chegada a hora. Mas um dia sai...cedo ou tarde. Um abraço.
Obrigado pela visita nobre Júnior. Sempre um prazer tê-lo aqui pelo blog. A respeito da possibilidade de algo maior eu ainda estou pensando se já é chegada a hora. Mas um dia sai...cedo ou tarde. Um abraço.
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