No fim das guerras, quando choram os mortos
Por suas vidas perdidas, e choram os vivos
Pelos tantos mortos achados...
Quando o cheiro pestilento coroa o ar,
Ou as lágrimas correm, na face de quem
Olha o reflexo do próprio rosto
Nos vidros das janelas que estanca o ar,
Há dor...
Há dores indizíveis para quem sangra
Vendo seu sangue se esvair,
Ou vendo a esperança voando,
Correndo entre os dedos,
Deixando-a escapar...
As lágrimas em si não doem,
Mas sentir os passos molhados de sangue
E a esperança em vôo no horizonte
(fugindo pra longe)
Não tem como falar.
Foto: Pedro Mônica
2 comentários:
não posso dizer que tua imagem é totalmente a certa de uma guerra pq, felizmente, nunca presenciei uma, mas posso garantir que é justamente a imagem que eu tenho.. e tua poesia me fez visualizar isso tudo acontecendo.
Amei seu blog , muito bom mesmo , to te seguindo , beijao ;*
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