terça-feira, 24 de junho de 2008

DOR


No instante que a lágrima cai não há poesia
Há um registro de dor,
Uma falta de sentido, em tudo que existia

Há feras nas brumas, que assustam o poeta
E sua lira desfolha, qual folhas de outono
Que tocam, (as lágrimas e folhas), a tez da terra

Portanto, para o poeta nada mais há senão o brado,
Nada mais resta senão a dor em plana luz do dia
que lhe fere os olhos, como a terra é ferida pelo corte do arado.

Seus passos não o levam mais a outros mundos,
E aqui jaz o poeta, jaz entre os potros e éguas
Nos umbrais de trevas mais imundos.

Ergue sua mente e em sua frente nada há senão a escuridão,
Não há mais Norte e sua sorte perdeu-se com sua fé.
Sente dores, tão fortes que nem mesmo mil formas de morte o salvão.

4 comentários:

Anônimo disse...

Voltei belo, ou melhor, strº rsrs. Confesso,quando li senti dor.Seu blog está belíssimo parabéns.Bjim

Carlos Rafael Dias disse...

Antonio Sávio,

Cada vez mais me surpreendo com a sua pena poética, às vezes pluma noutras chumbo, mas sempre bela.

Antonio Sávio disse...

Obrigado Carlos Rafael. Só tenho a agradecer as palavras de incentivo.

Van disse...

"Almas cegas de poesia"...?
Então definitivamente estava falando de outras pessoas. Porque pelo que vejo, a tua alma tem poesia de sobra!

Moço, obrigada pelo comentário no PALAVRAS...
Fica à vontade pra conhecer meus outros cantos.
Adorei a visita.
Beijucas