terça-feira, 24 de novembro de 2009

Surpresas Dolentes

Não, não foste embora nas horas mortas
Do fim de tarde
Não foste, não feriste teus passos
Nessa longa e triste estrada
Deixando-me as cinzas do tempo,
Deixando-me no ar tuas lembranças,
Teus olhares, tua presença nos livros
Nos discos, nas réstias de sol,
Nos restos de mim.
Pois não creio no que some de repente,
Não creio no que escorre entre meus dedos
No que some de minhas retinas,
No que escapa fulgás pelo ar...
Sumiste cortando o ar deste sertão
Sumiste cortando meu peito,
Colorindo o chão com o rubro do meu sangue
A chorar...

Foto: Hugo
Fonte: http://br.olhares.com/solidao_foto944574.html

5 comentários:

Jacque disse...

Quanta poesia! Quem diria? Eu digo, tua poesia me encanta, me faz parar o tempo, pra poder me deliciar com esse desprendimento dos sentidos em forma de versos! Adoro vir aqui.

Beijo

Demetrius Silva disse...

Vc é o cara... Palavras assim, que define o que pode ser

Afinal, o que pode ser?
Onde está vc meu amigo Sávio?

Antonio Sávio disse...

Oi Demétrius! Boa surpresa encontra-lo por aqui rapaz. Estou em Teresina ainda, estudando e escrevendo. Dê notícias meu caro.

Nina disse...

Lidar com a ausência é coisa difícil... Ela dói e por vezes fere o peito...
Belos versos.

Abraços poéticos,
Janaína de Souza.

Puro Nardo disse...

bela suas poesias !!