sábado, 10 de abril de 2010

Poema empírico.

Eu decanto os versos
De cada poema,
Como quem corta os pulsos
Que a vida condena.
Olhos com dentes
Que mordem as lágrimas
Que riem, murmuram pensamentos
Nasce a poesia erguida ao sol
Com a mistura da cal, concreto e cimento.
Do beijo, palavra... Do hálito
Da boca sedenta brotam os versos
Dos músculos falidos
Que a realidade sustenta.

Foto: Vitor Raposo

6 comentários:

Domingos Barroso disse...

Um poema ardoroso.
Empírico por puras entranhas.

Forte abraço,
meu camarada.

Anônimo disse...

Sávio, achei lindo seu poema. "Olhos com dentes que mordem as lágrimas" é uma imagem lindíssima.

Beijos.

Antonio Sávio disse...

Obrigado Domingos. Sempre bom tê-lo por aqui. Oi Juliana. Saudades de seus comentários. Apareça mais vezes mestra da luz. Abraços.

Pachelly Jamacaru disse...

Sávio, tá permitido a sua solicitação, valendo?

Ó, dia 30 Abril, faço BNB cultural, aparece por lá!

Abraços

- isadora s. disse...

Goostei :)

Sole disse...

"Mordem as lágrimas" muito bom isso!