
Nas cizas das horas, um dia ainda ei de partir.
Não um partir anunciado, não pela tristeza de um dia chuvoso, deixando meus passos leves ferindo o chão...
Haverei de esticar as asas lá pelas duas da tarde, na hora dos cochilos depois do almoço...na hora que os meus irmãos de alma estão com os pulsos a fabricar o país...aí estarei de malas feitas para um daqueles anéis de saturno, pegar o mesmo pela cintura, enlaçá-lo num bolero, num tango qualquer...
Aí sim estarei tranquilo. Os meus irmãos de alma trabalhando e eu cá, com saturno aos saltos no universo.