domingo, 13 de julho de 2008

VISÕES


Mas quem te vê, quem te descreve quando és somente outono?
Quem se lembra de tí, quando não tem mais o viço da primavera,
Quando não tem mais os teus cargos, teus tronos?
Quem se lembra de tí no auge de tua dor primeva?

Qual dos amores, qual dos prazeres
Tu persiste em confundir
Qual da vileza desses seres
Pode ser como meu amor que funde-se em tí?

E quem sabe das minhas esperanças perdidas,
Renascidas nas migalhas de teu olhar.
E quem sabe do medo de encarar-te
Quando já sabe do verdadeiro motivo de minhas feridas.

E quem me sabes como um ex-amigo
Não sabe que és em mim eterna e viva
Que és chagas e bálsamo, tufão e brisa
És a única estrada que meu peito brada: - Siga...siga...siga.

3 comentários:

Flávia disse...

chaga e bálsamo, tufão e brisa.

Tamanha e assustadora a capacidade do amor de ser antítese...

Beijo, moço.

Cláudia I, Vetter disse...

perfeita combinação entre imagem e sinestesia.

;**

Antonio Sávio disse...

Obrigado a Flávia e a você Cláudia. Voltem mais vezes. É um prazer te-las por aqui.
Um abraço.