
Além, muito além das fronteiras da alma
Sonho eu com este ar de liberde.
Levado pelo minuano e pelas maresias açoitadas
Por este mar de poesia nos fins de tarde.
Além, bem posterior a realidade
Faço eu fronteira entre as utopias
Pestanejo sobre este territótio do medo
Sobre este perigo que corrompe as almas...
Pelo visto, é disto que somos feito.
A sedução do sonho e o grilhão medonho do medo,
E a mania da densa mediocridade.
Pois muito além do próprio sonho, estou eu.
Aboiando com o berrante da poesia parte minha que se projeta,
E lamentando a que por medo ficou sentada vendo o fim da tarde.