sexta-feira, 12 de setembro de 2008
PASSOS
Nos maus caminhos que a chuva chora
Planto os meus passos sobre o chão molhado,
Sobre o cheiro do barro vermelho, do estalar dos galhos.
Em rumo incerto, fugir de dentro de mim...de dentro de mim...de dentro de mim...de dentro...
Andar esquivo mas saber o Norte,
Ouvir campinas, trinar canários.
Pular mil cercas, gozar cenários,
Apesar de o peito caminhar para morte...ca-mi-nhar!!!
E transpor fronteiras, fundir-se em rios
Perder-se em verdes brilhantes, encarar bicos, bigodes, novos semblantes.
E assim, depois de ser rio, vento e pássaro...
Voltar aos passos pelo caminho errante
Já não são risonhos os cânticos, já são tão cinzas os verdes,
Já foram mais sutis as matas...mata-me, tão cansada de mim, mata-me sem tiros de festim, mata-me sem tiros...sem tiros...
Leva-me o riacho manso, leva-me a correnteza forte.
E em cada rio vai um pedaço de mim,
Em cada sol ao por-se no Norte, ao por-se no Norte,
Vai um pedaço de mim, um pedaço de mim...
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