sexta-feira, 12 de setembro de 2008
DIVAGAR
Nas ruas de Turim, nas noites do Cairo,
Eu que, aprendí nas boemias argentinas
Uns tangos salietes como se diz em Recife,
Dancei aos pés da esfinge que, por sinal nem finge não gostar de mim...
Eu, que apontei o dedo na cara da lua até o infinito, que espremí aquelas espinhas de muito antes de vocês hoje...chamarem de crateras...
Gargalho ainda com a goela aberta para a brisa que carrega os pecados das portas dos meretrícios que herdei do inventário dos lisos que meu pai deixou-me...e ele disse: são todos vossos, e, bêbado, assinou com um graveto nas areias do antigo gesso, aqui mesmo no Crato.
Só eu que gritei teu nome secreto por tua própria voz,
Só eu que vejo as jóias, as "pratas" brilhantes em teus dentes menina...
Só eu que ponho minhas patas nestas nossas noites dementes?
Só eu que ando dormente apesar dessas dores infindas!
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4 comentários:
Além da linha,
O gesso, Meretrizes,
Ás vezes sangrando de gilleti
Aquela zona proibida
Que eu, na infância invadia
Para catar carteiras de cigarro
E que valiam "dinheiro"
Bem lembrado Carlos. Andei por aquelas e outras paragens em busca das mesmas carteiras além de tantas outras.
Não andas dormente sozinho, pode acreditar. Não posso responder pelos outros, mas eu estou certamente a vagar desacreditada...
Não encontro conexão entre as palavras.
Maturidade, peso, velho, dor e uma criança espivitada preocupada.
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