Os joelhos sobre a areia
Palmas das mãos, hora juntas, hora na face a aparar as lágrimas
A fé trincada entre os dentes, no brilho perolado do negro olhar.
Olhar que mira o céu, catando migalhas de nuvens.
Que os dilaceram em sua branquidão
Os joelhos sobre a areia
Agora dourada pelo tingir de lágrimas
Um sofrimento eterno
Assim como a eterna luta em manter-se vivo
De pé, cabo da enxada sobre o ombro.
E homem que a pouco era escombro
Ergue-se e fere a terra agora pelos passos
Passo a passo com a solidão,
Ombro a ombro com Deus,
Dores aos montes, e ele some num horizonte,
Fonte de um homem de coragem e orgulho sem fim.
Saudades dos homens de verdade e medo aos de festim
Um comentário:
Que lindo!!!! Adorei
Beijos
Mariliza
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