Há sempre o gênio que irrompe
Com violência o próprio tempo
Com a rapidez de quem consome
E espaço tal qual o vento
Meu tempo nem sempre é hoje
Nem tampouco amanhã seria
Meu tempo é atemporal
Nos ponteiros da poesia
Com vigas de versos paraplégicos
Sobre um terreno arenoso
São poemas às vezes letárgicos
Qual um fruto venenoso
Sem tempo portanto, para tantas vitórias
Eu ainda procuro nos becos
Montado no verbo em seu dorso
O tempo de minha própria glória!
Eu ainda procuro
Com lupas seculares
Erguer sonetos no escuro
Para quem os puder enxergares
Há sempre o gênio que irrompe
Com violência o próprio tempo
Que o diga qualquer poeta,
Primo-irmão do vento.
Foto:Daniel Pedrogam
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