Na vigilância dos sonhos,
Na arte de meus pecados
Crepita o que me é medonho
Salta aos olhos por meio de brados
Salta num real delírio
Exalando fragrâncias falsas
Como a fragrância do lírio
Sintético que trago no bolso da calça
Toma forma e corpo
Na argamassa dos músculos
Nos vergalhões dos ossos
Mentira erguida num esforço hercúleo
Toma formas de vida
Toma formas de arte
Percorre tantas veias
Marcha por toda parte
Assim,
Procura-se a verdade em forma de arrebol
Em face de tantas mentiras fadadas
Sigo então qual um girassol
Cego, perdido numa eterna madrugada.
Foto: Bruno Santos
Título: Quase um Girassol
2 comentários:
Bom dia menino!
Belíssima escrita!!!
Adoro te ler!
Beijinhos de luz!
Quanto lirismo! Poesia nada mais é que um grito silncioso da alma, jogado em versos!
Lindo poema!
Abraço.
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