No passo eterno dos doentes
Ombro a ombro com os dementes
Beijo a beijo com as mulheres
Perdidas na noite sem dentes,
Sem sonhos, sem sóis, numa eterna madrugada
Caminho ao lado do cego, do surdo, do mudo
Estudo, a voz latejante do tagarela.
Caminho nessa marcha de malsãos
Nessa madrugada eterna de quimeras reinantes
Nessa névoa de fuligens que fustigam
Meus medos, meus calos nos pés
Meus sonhos outrora tão sóbrios,
Agora delirantes
Caminho, embora o açoite,
Embora seja alvo, embora seja teste
Caminho com o cuidado de levar as mãos
Feito conchas levando os sonhos impossíveis
Embora só seja possível este corpo magro
Cheio de pestes.
Foto: Filomena
2 comentários:
Meu Camarada,
Venho com prazer visitar o seu Blog: Poesia! Quem Diria ?
E quem diria que eu iria encontrar tantos escritos maravilhosos! Continue assim, sempre e sempre!
Dê vazão a esses sentimentos, pois fazer Arte com "A" é seu Karma.
Um grande abraço,
Dihelson Mendonça
Oi Dihelson! Fico grato com sua presença por aqui, lendo meus versos quase anônimos. Um abraço e vida longa à arte.
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