As mesmas bocas ainda balbuciam
Teu nome em silêncio, como um vício
Nas dores frenéticas da solidão
E a palavra repete-se em rimas no poema
E a cada dia as bocas vão falar
Jogando tuas sílabas, como partículas
Suspensas no ar.
São poemas em cascatas que ninguém lê
São quadros que ninguém quer mais ver
São camadas de amores que ninguém
Quer olhar.
O tempo como réstias, nesta valsa
Insiste em passar
Para por séculos não vê?
Repete-se teu nome por era
Desde quando teu nome era espetacular
Espeta a lua com estes versos
E ponha-a a sangrar. Pra que?
Para sorver este poema da noite
Que escorre denso na noite. Pra que?
Somente para poder esta noite
Te cortejar.
Foto: Flávio Martins
3 comentários:
sublime...lindo o que escreves!
lindo
Bla, bla,bla...Por mais que me esforçasse não sai desta minha pobre cabeça algo rico o bastante para comentar esta riqueza de poema.
Amo tudo que escreves
Postar um comentário