quinta-feira, 6 de novembro de 2008

APESAR DE TUDO


Mesmo com o fel que homem moderno
Deixa escorrer pelos cantos da boca
Ainda ecoam o trinar dos canários, n'algum lugar
Lugar, no planeta chamado poesia

Mesmo ao som das metralhas
Batalham nos céus o estalar de rimas
Sangram as papoulas nos prados
E mesmo ao corte do machado
Nascem nos grãos bombardeado pelos pássaros
A esperança em cada semente expelida
Esperança em forma de poesia.

Ainda assim, mesmo com o peso dos grilhões
Atados em meus pés...não seguram-me a noite
Ao sabor dos ventos os sonhos voam...
Desata o espírito e fica o corpo que jaz na laje fria

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