segunda-feira, 15 de setembro de 2008

MULHER "CONTEMPORÃNEA"



Anda mulher entre as sombras dos muros
Nas sombras dos vórtices, em vendavais
Anda mulher com alma em monturos
Sobre as sombras de homens boçais

Anda mulher com o ventre em fogo
Grávida de uma idéia que gera meus ais
Anda mulher, nasce de tí o novo
O novo que não haverei de olhar jamais

Anda mulher teus passos sem poesias
Deliras em mundos opacos aos cacos a bradar
Não pairam em teus ouvidos os sons dessas liras
Que inspira um tormento para dele sarar

Anda mulher por bússolas estranhas
E em tuas entranhas jaz perdidos olhares sobre o cais
Nadam e se afogam tuas façanhas
Sobre a verdade que em tua boca sempre jaz

Chora mulher, a lágrima trêmula em tua face
Escorre pelo seio que arfa sem fôlego, sem paz
Tremem teus nervos, teus ossos de aste
Para que finalmente caia pelos atos que faz.

5 comentários:

Marcos Vinícius Leonel disse...

Cara, seu blog tá massa demais!

São várias as poesias que eu gostaria de comentar, mas fica esse geral: ducaralho.

abraços

Unknown disse...

Valeu Marcos! Sua presença por aqui é importante, não só pela força que tem me dado, mas por saber por meio de sua obra o Norte que tem cada comentário. Um abraço fera.

LUIZ CARLOS SALATIEL disse...

� s�vio,
Esse poema d� m�sica, rapaz!

Antonio Sávio disse...

Oi Salatiel. Surpresa você por aqui. Se souber de alguém que possa musicá-lo...será um prazer te-lo como parceiro.
Um abraço.

LUIZ CARLOS SALATIEL disse...

Deixa comigo! J� t� � musicado! Sai no pr�ximo disco.