Medos de dentro da noite
Medos dos coices nas feras
Medo dos rubros dos olhos
Que brilham dentro da noite
Como foice, como duas esferas
Medo de peitos sombrios
Medo do estio de amores
Medo de tantas as dores
Do sangue, dos acúleos de flores
De rosas, de dentes, de garras de feras
Medo, lâmina em desejo
Medo e desejo de carnes
Gozo dentro da noite
Paixão em açoite
Corte de lâmina que arde
Medos de sonos fugazes
Medo de noites eternas
Medo das fronteiras do amor
Do traslado da dor
A levar-me as feras
Medo covarde, temor
Temo um amor de uma fera
Fera acata essa flor
Acata este poema
Com versos sem pontas
Redondos com uma esfera.
2 comentários:
Olá, linda sua poesia!
Adorei, é voce mesmo que as escreve?
Tenho te seguido a algum tempo e seu blog é nota dez!
Beijao
"Medo do estio de amores", quando se consuma, vira travessia de fortes por dunas movediças do deserto emocional. E que sede no caminho!
Tenho um texto sobre o Crato, minhas melhores lembranças no http://www.paraeuparardemedoer.blogspot.com
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